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Assentamento Serra já colheu mais de 300 caixas de tomates

O Programa Hortifruti Legal, do Senar/MS atende 30 famílias do Assentamento Serra no município de Paranaíba.
Por: 
Silvana Machado
30/09/2017

Pensando no futuro e com um conceito de gerar desenvolvimento sustentável em nossa região os produtores do Assentamento Serra que são atendidos pelo Hortifruti Legal, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural após orientações dos técnicos resolveram diversificar. Hoje o Assentamento Serra já tem além do maracujá, tomate plantado, pés de couve-flor, pés de repolho, abobrinha menina,melancia, jiló e outros.

 

 

A expectativa para 2017 continua positiva já que foram plantadas cerca de três mil plantas de tomate (tipo salada) em três propriedades do assentamento Serra. Uma delas pertence a Marinez Barbosa da Silva que, depois de ter uma excelente experiência com o maracujá, resolveu intercalar o plantio com a cultura de tomate, repolho e jiló. “Com ajuda do nosso técnico, plantamos 300 covas e conseguimos colher 2,7 toneladas. Este ano aumentei para 800 plantas e, e já fizemos a colheita de cerca de mais de 300 caixas”, declara a produtora que colheu mais de quatro toneladas de maracujá no ano passado.

 

 

O produtor familiar João Garcia Leal e sua esposa Valdevina A. B. Dias  moram há 20 anos na localidade e contam que sempre atuaram na pecuária de leite. No entanto, os altos custos com a produção fizeram com que investissem na produção de maracujá. “Aceitei o desafio e, com ajuda do Flávio, comecei devagar e agora já estou plantando repolho, abobrinhas e couve-flor”, confidencia. Questionado se achou difícil a mudança de atividade, o aposentado é categórico: “Todo trabalho precisa de dedicação para ter destaque e nãotenho preguiça de trabalhar. Meu dia começa bem cedo e sigo todas as recomendações técnicas feitas mensalmente”, acrescenta animado.

 

 

Segundo o técnico de campo responsável pelo atendimento, Flávio Correia, os resultados conquistados foram possíveis, em razão do comprometimento das famílias e da pesquisa inicial feita no comércio da região, possibilitando que a produção fosse escoada para um comprador certo. “Quando os assistidos comprovaram o aumento da produtividade e a qualidade das culturas ficaram mais animados em investir. Para este ano, a estimativa é produzir sete toneladas, já que foram plantados 28 mil pés de maracujá. Além disso, estão em andamento cultivos de tomate, repolho, abobrinhas menina, couve-flor e melancia, jiló”, detalha. Atualmente 30 famílias dentro do projeto são assistidas pelos programa. Em agosto Flávio esteve junto com uma equipe da ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS em Presidente Prudente (SP) a fim de conhecer novas tecnologias produtivas desenvolvidas com sucesso na APTA – Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio, na unidade Alto Sorocabana. "Depois de análises resolvemos iniciar os testes aqui no Assentamento com Batata Doce".

 

 

A agente comercializadora do Hortifruti Legal, Alana Neto, é a responsável pela pesquisa de mercado e conta que em todas as localidades que visita, os comerciantes demonstram animação com a possibilidade de comprar produtos cultivados dentro do Estado. “Intermediamos o contato dos produtores assistidos com supermercados, restaurantes e fábricas de processamento de alimentos, como em Aparecida do Taboado, que comprou toda a safra de maracujá produzida ano passado. Este trabalho é importante, pois, divulga para população o que é produzido localmente, e os produtores sentem mais segurança em planejar uma lavoura, analisando antecipadamente quanto terá que plantar para atender ao comprador direto”, considera. Também inserimos a comercialização em Paranaíba, Inocência, Cassilândia. Em maio os produtores fecharam com a empresa de sucos  "Fruteza-SP" a produção do maracujá.

 

 

Neste mês de setembro o Sindicato Rural de Paranaíba recebeu o relatório enviado pelo programa. Na avaliação do presidente do sindicato rural de Paranaíba, Nilo Alves Ferraz, o acompanhamento oferecido pelo extrato de trabalho do programa é imprescindível para que mais produtores conheçam a eficiência da metodologia de assistência técnica do Senar/MS. “É um relatório que fornece aos sindicatos condições de acompanhar o trabalho do técnico e o desenvolvimento dos assistidos. Com os números em mãos temos condição de buscar mais parcerias e atuar efetivamente no desenvolvimento econômico do município”, concluiu.