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Transporte hidroviário de grãos deve crescer

O Rabobank disse que espera que as exportações brasileiras de soja aumentem em 40% até 2026.
Por: 
Agroin
21/11/2018

Um relatório divulgado no início deste ano pelo Rabobank, de autoria do analista da Grains & Oilseeds, Victor Ikeda, indicou que o transporte hidroviário de grãos no Brasil deve crescer nos próximos anos. Intitulado Cereais e sementes oleaginosas brasileiras envolvendo o transporte hidroviário”, o estudo documenta as mudanças ocorridas nos últimos anos, particularmente no norte do Brasil. onde os embarques através dos portos aumentaram significativamente nos últimos sete anos. “O Brasil recentemente viu vários investimentos em capacidade portuária, com a expectativa de que isso aumentaria a capacidade de exportação brasileira. De fato, as exportações de soja e milho através da chamada área do norte do Arco - onde novos terminais, como o porto de Barcaerena/ Villa do Conde, entraram em operação nos últimos anos - atingiram 26,3 milhões de toneladas em 2017, até 350% de 5,9 milhões de toneladas em 2010”, diz o texto.

 

Nesse cenário, o Relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que enquanto os portos de Santos, Rio Grande e Paranaguá exportam as maiores quantidades de produtos agrícolas, o atraso, as longas distâncias e os custos crescentes de transporte até esses portos criaram uma demanda por mais opções para os exportadores. Além disso, o Rabobank disse que espera que as exportações brasileiras de soja aumentem em 40% até 2026.

 

Como resultado da dinâmica da situação do transporte de grãos no Brasil, impulsionada pelas mudanças nos fluxos, os portos da Região Norte quase dobraram sua participação nas exportações de soja e milho, para 27% em 2017, de 15% em 2010. Com essa tendência de aumento é possível que o transporte hidroviário tenha mais destaque no transporte de grãos, já que essa é a principal forma de transporte na região.