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Nilo Ferraz participa de eventos da Famasul em Campo Grande

Fronteira e efetivo de fiscais são desafios e para erradicar aftosa em MS
Por: 
Silvana Machado
05/04/2018

Otimizar a vigilância na extensa faixa de fronteira, aumentar o efetivo de fiscais e conseguir recursos para um fundo emergencial são os principais desafios de Mato Grosso do Sul para conseguir, no futuro, o status livre de febre aftosa sem vacinação. Essa é a meta que não só o estado, mas o país pretende alcançar até 2023, já que foi reconhecido recentemente pelo OIE (Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal) por controlar a doença com a ajuda da imunização.

 

Um evento realizado na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado) no dia 05 de abril ,simultaneamente em todo o país serviu para comemorar a conquista e apresentar o longo caminho no combate e controle ao vírus. “Em curto prazo [em razão desse reconhecimento] não teremos muita diferença. Para que atinjamos a médio e longo uma vantagem econômica precisamos ser livres de aftosa sem vacinação. Para isso, temos que acompanhar, agora, a evolução desse programa de erradicação nacional”, disse o presidente da Famasul, Maurício Saito.

 

Sobre o estado, ele destaca que “temos uma área territorial bastante extensa e com algumas particularidades como o Pantanal. Esses são alguns dos desafios que temos, mas naturalmente esse índice vacinal que temos acima de 97% nos traz uma tranquilidade”, pontua.

 

Poder público – O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, afirma que o primeiro passo rumo à eliminação da aftosa é manter o selo internacional com a vacinação. “O segundo ponto é nos estruturarmos para um novo desafio, principalmente na questão da fronteira. Temos a zona de alta vigilância, temos que definir nova metodologia para garantir que não tenhamos, futuramente, problemas”, afirma.

 

Alcançar essas metas depende de recursos humanos na Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que graças às recentes aposentarias e saídas de alguns fiscais, tem uma defasagem de aproximadamente 40 profissionais, que paliativamente foi contornada por uma reorganização nas unidades do órgão, mas que no futuro só vai ser sanada com concurso público. “Temos ainda que criar um fundo emergencial. Esse fundo institucionalmente já está feito, precisamos fazer a alocação de recursos para que tenhamos uma garantia caso venha a ter algum tipo de foco. A tendência do governo é que consigamos manter essa qualidade que nós temos tido em relação à vacinação”, disse o gestor.