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Do lado do pecuarista, onde há pasto a ordem é segurar o boi.

Enquanto isso, na queda de braço, a cautela da indústria frigorífica mantém a boiada pronta em banho-maria.
Por: 
Portal DBO
23/04/2020

O mercado brasileiro de boi gordo segue apresentando baixa liquidez, motivada sobretudo pela posição bastante cautelosa das indústrias frigoríficas, que só compram o necessário, evitando acúmulo dos estoques nas câmaras frias.A demanda interna de carne bovina continua patinando, refletindo o momento de pandemia da Covid-19, que faz o consumidores se afastarem das prateleiras de bandejas de carne bovina, produto mais caro, preferindo proteínas mais baratas, como ovo, frango e carne suína.“Em muitas praças do País, os frigoríficos ainda limitam as suas operações, impossibilitando um maior avanço nas negociações do mercado físico e pressionando a cotação da arroba para baixo”, descreve a Informa Economics FNP.

 

Do lado da oferta, relata a FNP, em algumas regiões do Centro-Sul do País, a massa de ar seco que tem provocado veranicos em algumas regiões pecuárias, o que preocupa os pecuaristas, que já se mostraram um pouco mais ativos nas vendas da boiada, mesmo com os preços menores. Já nas regiões Norte e Nordeste, o bom nível de chuvas registrado ainda mantém os pastos verdes, permitindo a retenção dos animais terminados nas propriedades, segundo levantamento da FNP.Com relação ao mercado externo, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou na última segunda-feira (20/abril) o desempenho das exportações de carne bovina in natura referentes aos 12 primeiros dias úteis deste mês, que contabilizaram 67,42 mil toneladas e uma receita de US$ 296 milhões.  A média diária registrada ficou em 5,61 mil toneladas, queda de 6,5% ante a segunda semana do mês e avanço de 4,26% em comparação ao mesmo período do ano passado.