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BRF e JBS continuam habilitadas a exportar para os sauditas

Unidades aparecem na lista de estabelecimentos credenciados do Mapa para exportação ao país árabe.
Por: 
Estadão Conteudo
22/01/2019

Quinze plantas de carnes da BRF e da JBS continuarão habilitadas a vender para a Arábia Saudita – três da BRF; quatro da SHB Alimentos (que pertence à BRF); duas da JBS Aves e seis da Seara Alimentos (que são da JBS). Essas unidades aparecem na lista dos 25 estabelecimentos credenciados para exportar para o país árabe divulgada nesta terça-feira, 22. pelo Ministério da Agricultura.

 

Da BRF, continuam habilitadas as plantas de Dourados, MS; Capinzal e Videira, SC. Da SHB, as plantas de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, no Paraná; Buriti Alegre, GO, e de Nova Mutum, MT. Já da JBS Aves estão na lista as unidades de Passo Fundo e Montenegro, no Rio Grande do Sul. Por fim, da Seara continuam podendo exportar para a Arábia Saudita as plantas de Brasília, DF, Campo Mourão, PR, Itaiópolis, Itapiranga e Ipumirim, em Santa Catarina, além da unidade paulista de Amparo, SP. Além dessas empresas, constam também na lista de exportadores para a Arábia Saudita os frigoríficos Vibra Agroindustrial, nas plantas de Itapejara do Oeste e Pato Branco, no Paraná, e Sete Lagoas, MG; DIP Frangos, de Capanema, PR, Jaguafrangos, de Jaguapitã, PR; Frigorífico Nicolini, de Garibaldi, RS; Zanchetta Alimentos, de Boituva, SP; Bello Alimentos, de Itaquiraí, MS; Frigorífico Nova Araçá, de Nova Araçá, RS, e Lar Cooperativa Agroindustrial, de Matelândia, PR.

 

Ainda conforme a nota do ministério, a definição de que 25 plantas estariam aprovadas é resultado de uma missão que o reino saudita enviou ao Brasil em outubro de 2018. Na ocasião, foram visitados frigoríficos, fazendas e fábricas de ração. “O grupo habilitado respondeu no ano passado por 63% do volume das exportações brasileiras de carne de frango – porcentagem que correspondeu a 437 mil toneladas – para a Arábia Saudita”, afirma a pasta em nota. O ministério afirma também que está examinando o relatório e encaminhará aos estabelecimentos as recomendações apresentadas pelos sauditas.

 

Mais cedo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou, após uma reunião com o Ministério da Agricultura, que a JBS e a BRF estavam entre as cinco unidades descredenciadas pela Arábia Saudita para embarque da proteína de frango. O anúncio fez com que as ações da BRF tivessem queda de quase 4% no início da tarde, enquanto as da JBS oscilaram pouco.

 

Em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Mundial, que reúne empresários e líderes políticos globais, o ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que “o mundo árabe está enfurecido” com o Brasil e que o descredenciamento de frigoríficos brasileiros é uma retaliação ao governo de Jair Bolsonaro, em função da decisão de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.  Moussa é considerado um dos diplomatas do Oriente Médio de maior influência na região.